Morrendo de amor

Sabe quando a gente termina um livro e fica com aquela sensação boa no peito, um sorrisinho no rosto e uma vontade de fazer todo mundo ler também? Foi exatamente assim comigo depois de ler Morrendo de Amor, da Ivy Fairbanks. Eu amo romance — daqueles que fazem a gente acreditar no amor, que aquecem o coração e ainda arrancam umas risadas no meio do caminho — e esse aqui entregou tudo isso e mais um pouco.

A protagonista é a Lark, uma mulher que está passando por um momento superdifícil da vida: ela perdeu o marido e, em vez de ficar parada no meio da dor, resolveu se arriscar e dar um passo corajoso. Saiu do Texas e foi morar no outro lado do mundo, na Irlanda, sem conhecer absolutamente ninguém.
Tudo isso para dar uma mudada de ares e começar um novo trabalho como diretora criativa de um estúdio. Só que o que ela não esperava era que seu novo vizinho fosse dono de uma funerária! E que a primeira interação entre eles fosse por causa de uma entrega errada de caixas.
O vizinho e dono do estabelecimento se chama Callum. Ele é aquele tipo de personagem que conquista a gente aos poucos: reservado, tímido, mas com um charme e um senso de humor sarcástico que fazem a gente se derreter (e muito). Porém, ele tem um problemão nas mãos: precisa casar até seu próximo aniversário para conseguir herdar oficialmente a funerária da família, que ele ama e cuida desde criança. E é claro que a Lark, toda comunicativa, criativa e generosa, se oferece para ajudá-lo a encontrar a esposa perfeita.
Mas aí… bom, a vida tem seus próprios planos, né?

É tão gostoso ver como os dois, mesmo sendo COMPLETAMENTE diferentes, vão se encaixando de um jeito tão natural. A Lark vai trazendo cor, leveza e alegria para a vida do Callum. E ele, com seu jeitinho todo calado e atencioso, vai mostrando para ela que é possível amar de novo, mesmo depois da dor. Eles vão se completando e se fortalecendo.
A escrita da autora é superleve, os capítulos são curtinhos (do jeitinho que eu adoro!), então a leitura flui muito rápido e naturalmente. Mas a ambientação na Irlanda é um charme à parte na narração. Juro! Eu me senti lá com eles: andando pelas ruínas, passeando pela feira, pintando meu rosto, visitando o cemitério e tomando uma cerveja irlandesa na Toca da Lebre (um pub do livro em que acontecem vários babados).
Apesar de ser um livro de romance leve, ele fala muito sobre recomeços. Sobre ter coragem de seguir em frente mesmo quando a vida parece desmoronar. Sobre acolher a dor, respeitar o tempo das coisas e, ainda assim, se abrir para o novo.
A jornada da Lark é linda — cheia de camadas, de tropeços, de crescimento. E o Callum é a prova de que amor não precisa ser barulhento para ser profundo. Ele mostra que, com apoio, a gente consegue muito mais do que imagina.

É aquele tipo de leitura que faz a gente rir alto, suspirar em silêncio e, em alguns momentos, até derramar uma lagriminha. Um romance que fala de perda, de força, de propósito, de coragem… e, claro, de amor.
Se você ama romances com leveza, emoção, personagens muito cativantes e um final que abraça… esse livro é pra você. Já está entre os meus queridinhos — e, sem dúvidas, vou seguir indicando para todo mundo.
FICHA
Autora: Ivy Fairbanks
Gênero: Romance
Editora: VR Editora
Páginas: 356