“A Melodia da Água” nos leva para “O Fogo Eterno”

Li A Melodia da Água em abril e desde então fiquei com essa história martelando na cabeça! A Ilha de Cadence tem uma aura sombria e mágica, tornando-se um lugar que eu queria revisitar. Rebecca Ross criou um universo onde a magia permeia cada elemento da natureza, e onde feéricos, bardos e clãs ganham vida em uma trama repleta de segredos e conspirações. O romance de Adaira e Jack, marcado por rivalidade e mágoa, foi só mais um motivo para devorar o livro. A mistura de romantasia e mistério funcionou muito bem no primeiro volume, e aquele final em aberto me deixou ansiosa pela continuação!
Novos acordes de Leste a Oeste
Agora que finalmente li O Fogo Eterno, percebo como a autora conseguiu expandir tudo que havia apresentado antes. A viagem para o Oeste trouxe novas perspectivas para a história, permitindo conhecer melhor as raízes de Adaira e o povo liderado por sua mãe. Foi interessante ver como ela, criada de forma tão diferente, precisou se adaptar a novas tradições, enquanto questionava se realmente fazia sentido segui-las.
Enquanto isso, foi bastante envolvente acompanhar Jack no Leste, solitário sem Adaira, lidando com os espíritos do fogo e tentando manter algum equilíbrio diante do caos de Bane. O espírito do vento norte é uma ameaça, e a praga que se espalha pelos reinos torna o enredo ainda mais tenso, deixando claro que não existem soluções fáceis, já que, ao que parece, Leste e Oeste deveriam se unir para derrotar o inimigo. Um milagre desses seria possível?
Todas as notas de uma melodia importam
Gostei muito de como Rebecca não centralizou tudo apenas no casal. Torin, Sidra, Frae e Mirin têm participações essenciais; sem eles, nada do que acontece faria sentido. A história valoriza tanto os laços pessoais quanto os coletivos, mostrando que cada personagem tem um papel a cumprir dentro desse cenário em colapso. Isso enriqueceu a narrativa e fez com que eu me importasse ainda mais com os rumos da trama. E eu estou falando de vício, tá? Totalmente viciante e impossível de largar!
O clima melancólico, já tão presente no primeiro livro, continua vivo, mas aqui ganha bagagem emocional. A forma como a autora usa música, elementos e a ligação entre humanos e espíritos cria uma fantasia que se diferencia das outras do gênero. Não é um mundo mágico apenas pelo espetáculo, mas um universo que conversa com crenças, dores e escolhas dos personagens.
O ritmo que prende até o fim
O ritmo da história também foi algo que funcionou muito bem para mim, pois a Rebecca escreve de forma paciente, sem pressa de resolver tudo, mas, ao mesmo tempo, mantendo a tensão lá em cima. Houve momentos em que fiquei apreensiva, sem saber como as coisas se resolveriam, e mesmo chegando às últimas páginas, ainda havia muito em jogo. Isso fez com que a leitura me gerasse expectativas e surpresas.
E, claro, como romantasia, O Fogo Eterno entrega tudo que eu queria! A relação de Adaira e Jack amadurece, e cada momento carrega algo especial que me manteve ligada à leitura. É um romance que não atropela a fantasia, mas caminha junto dela, dando o equilíbrio perfeito para a duologia. Um casal bom tanto nas cenas juntos quanto nas separadas. Eu me apaixonei! O final foi intenso, coerente e muito emocionante. A autora não escolheu atalhos fáceis e construiu uma conclusão que realmente honra tudo o que foi contado antes. Fechei o livro satisfeita, mas com aquela saudade inevitável de personagens que me acompanharam por dois volumes e de uma ilha que parece tão real quanto qualquer lugar que eu já visitei pela leitura. Recomendo demais!

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