Emma da Rua 83: uma releitura moderna de Jane Austen cheia de caos e afeto

Emma da Rua 83 começa como aquela leitura que mexe com as nossas certezas. A protagonista, impulsiva e cheia de atitudes duvidosas, desperta a sensação de que talvez seja difícil criar qualquer conexão com ela. No entanto, é justamente nessa construção — cheia de falhas, tentativas e autodescobertas — que mora a força do livro. Conforme a narrativa avança, Emma revela camadas que tornam a experiência muito mais envolvente do que parece à primeira vista.
Aqui, acompanhamos Emma em uma Nova York vibrante, tentando preencher um vazio que ela mesma não sabe nomear. Com a irmã recém-casada e longe de casa, as amigas vivendo em outros países e um mestrado que já não desperta tanto entusiasmo, ela decide ocupar o tempo se envolvendo na vida amorosa dos outros (com resultados… questionáveis).
É nesse cenário que surge George Knightley, o vizinho que conhece cada defeito dela — e não hesita em apontar. A dinâmica entre os dois é cheia de provocações, carinho escondido e aquela tensão gostosa que cresce aos poucos, quase sem perceber.
💛 Personagens secundários que brilham, a tal “família que escolhemos” e como isso faz diferença
Um dos maiores destaques da história está no elenco ao redor de Emma. Amizades sinceras, laços construídos ao longo da vida e aquela sensação reconfortante de encontrar pessoas que nos acolhem mesmo quando não estamos no nosso melhor. São personagens que fazem parte do caos dela, mas também da cura — e isso deixa tudo mais real e mais bonito.
A história conversa muito com temas que adoro ver em romances contemporâneos: pertencimento, amizade, amadurecimento, recomeço, coragem de seguir os próprios sonhos… Tudo isso com uma linguagem fluida, capítulos gostosos e uma ambientação contemporânea que funciona muito bem.
✨ Uma leitura envolvente, divertida e cheia de pequenas surpresas
No fim, Emma da Rua 83 entrega romance, autoconhecimento, humor e uma boa dose de reviravoltas afetivas. A edição está linda, a narrativa é gostosa e a história — com todas as suas imperfeições — acaba deixando o coração quentinho no final.
E confesso: terminei com uma vontade real de conhecer a Emma original da Jane Austen.
Se você gosta de comédias românticas com personagens imperfeitos, laços sinceros e histórias sobre se reencontrar, essa leitura pode te abraçar tanto quanto me abraçou.

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