Chá com Elefantes: cura eficiente para os problemas

Olá, manos & manas! Sou Jey, a guria criadora de conteúdos literários para o Instagram @jeybookland e, agora, também colunista do quadro Se Liga na Leitura Religião da Livraria Leitura, e devo dizer que me sinto honrada demais por fazer parte dessa equipe maravilhosa.
O meu primeiro livro escolhido para inaugurar as conversas por aqui é o tão aclamado, nesse momento, no meio literário cristão: Chá para Elefantes, escrito por Robin Jones, que continua encantando os seus leitores com sua narrativa leve e, ao mesmo tempo, carregada de profundidade, abordando até mesmo temas delicados do cotidiano — tudo isso incluindo condutas cristãs em cada detalhe.
Essa ficção cristã vai contar a viagem inesperada de duas amigas para o Quênia. Viajar juntas era um plano que Lily e Fern sempre tiveram em suas conversas. Porém, elas não faziam ideia de que essa viagem já havia sido planejada por Alguém além delas: por Deus. E aconteceu no momento perfeito e nos mínimos detalhes, mesmo que, aos olhos delas, tudo parecesse estar muito errado. E assim vai ser a nossa jornada pelo Quênia: embarcando com Lily e Fern rumo ao safári, graças ao presente que o sogro de Lily havia lhe dado em meio a tantos episódios na vida de ambas.
Essa é a minha breve sinopse da leitura, sem spoilers, e também prometo não estragar a sua experiência com minhas próximas impressões sobre o livro. Vou começar dividindo essas impressões em dois pontos de vista: o primeiro ponto de vista será como uma leitora, e o segundo ponto, avaliando como uma cristã.
Observando e analisando Chá com Elefantes como uma leitora da comunidade literária em geral, poderia ser classificado facilmente como uma ficção de cura; esse gênero literário tem estado bastante em alta e chamado muita atenção, carregando como principais características a leveza na leitura — sem grandes surpresas ou expectativas —, mas abordando temas profundos e delicados que precisam ser curados e superados pelos personagens no decorrer da trama. As duas protagonistas se encontravam assim quando decidiram abraçar a oportunidade do safári no Quênia, e pode-se dizer que, durante todo o processo, as duas foram encontrando a cura e a solução para os seus problemas.
Fiquei emocionada com a riqueza de detalhes de um lugar que, até então, só conhecia pelo seu estereótipo e foco nas mídias e redes: a característica de ser um país sobrecarregado de extrema pobreza. Através do livro, eu consegui conhecer o “outro lado da moeda”, com seus hotéis e pousadas luxuosos — alguns carregando influências colonizadoras, mas ainda com os detalhes que só a cultura africana pode carregar, tanto na culinária quanto na estética —, os safáris bem estruturados e, por fim, a infraestrutura turística receptiva e acolhedora dos anfitriões nativos.
Para mim, que sempre estive acostumada a escutar nas mídias sobre o lado sofrido da África, no início da leitura foi um tanto difícil me acostumar com tudo que a escritora transmitia ao leitor, transportando-o para uma África completamente desconhecida para muitos. Não poderia deixar de comentar também sobre a amizade preciosa desenvolvida entre Fern e Lily. Amizades como essa são um verdadeiro tesouro!

E, agora, vamos ao foco da coluna: meu olhar cristão e religioso. Posso dizer que estou acostumada com os clichês da ficção cristã, em que os personagens, na maioria das vezes, ainda não são conhecedores de Cristo, e a narrativa gira em torno da sua conversão. Entretanto, nesse livro, eu fui surpreendida logo de cara com as duas protagonistas já sendo cristãs, sem precisar passar pelo processo de evangelização. A vida delas é inteiramente moldada de acordo com a fé que professam.
Além disso, o grande fator destacado no decorrer da leitura é que Deus as conduziu para vivenciar aquela viagem pela vontade D’ele, sendo que, em tudo na vida delas, suas escolhas e decisões são completamente dependentes da direção que Deus irá guiá-las. Uma passagem pode explicar claramente isso, quando ambas estão conversando e chegam à seguinte reflexão: todos estão sujeitos a passar por tristezas e dificuldades; a diferença é que, no caso do cristão, ele terá Deus lhe dando coragem e força para suportar o processo. E tudo na vida de Fern e Lily é exatamente assim: processos que são vividos através da força e do suporte divino.
Para encerrar, espero que a minha reflexão tenha te incentivado a dar uma chance para Chá com Elefantes. Quem sabe ele não seja a indicação médica literária para você nesse momento que está passando? Esse medicamento tem, em sua bula, muitas aventuras, amizade, fé, amor divino e a receita de como viver uma vida extraordinária dentro daquilo que pensamos ser ordinário.
Playlist indicada:
🎵 Paradise – Coldplay
🎵 Your Love is Strong – Jon Foreman
🎵 The Mountain Is You – Chance Peña
🎵 Always Good – Andrew Peterson
🎵 Snap – Rosa Linn