Extravagância do Morto


George Stubbs e sua esposa são os novos proprietários da Nasse House, uma mansão no interior da Inglaterra. Após a reforma, nada melhor do que mostrar à vizinhança que mereciam fazer parte do círculo social local.
Ariadne Oliver, famosa autora de romances de mistério, foi contratada para escrever uma “caça ao assassino”, uma espécie de caça ao tesouro. Desconfiada de que algo estava fora do normal — e de que algo sombrio poderia acontecer — ela convoca Poirot às pressas.
No dia da quermesse, a propriedade fica repleta de curiosos, empolgados com a brincadeira e ávidos para desvendar o mistério. Através de pistas deixadas aos participantes, a ideia era que, se seguissem corretamente o jogo, alguém encontraria o “corpo” e, consequentemente, o responsável pelo “crime”.
Sir George e Hattie tinham uma grande diferença de idade, e ela era vista por muitos como uma jovem com capacidade intelectual aquém do normal. Às vésperas da quermesse, Hattie recebe uma carta de um primo distante, De Souza, que chegaria de iate para visitá-la — o que a abala profundamente.
O mistério se torna realidade
O dia esperado chega. Enquanto todos estão envolvidos com a brincadeira, Ariadne e Poirot se deparam com uma revelação inesperada: o mistério que Ariadne criara se torna realidade. Alguém de fato tirou a vida da “vítima”. E não apenas isso: Hattie desapareceu. Muitos são os suspeitos, e cabe a Poirot descobrir a verdade. Quando mais uma pessoa perde a vida, as peças do quebra-cabeça começam a se encaixar, e Poirot pode, enfim, demonstrar sua astúcia e poder de observação.
Nada previsível, este foi mais um encontro maravilhoso entre Poirot e Ariadne. Agatha deixa explícitas as pistas necessárias para a solução da trama, mas insere também elementos falsos que confundem o leitor. Publicado em 1956, o livro tem uma ótima construção de enredo e apresenta, de forma inteligente, o raciocínio dedutivo de Poirot até a conclusão certeira.
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