Não Pisque: vamos embarcar no Hollyverso de Stephen King

Os livros da Holly na ordem cronológica
🕵️♀️ Holly Gibney aparece em:
Mr. Mercedes (2014)
Achados e Perdidos (2015)
Último Turno (2016)
Outsider (2018)
Com Sangue (2020)
Holly (2023)
Não Pisque (2025)
Estão prontos para entrar no Hollyverso?
Você já leu algum livro em que um personagem secundário, aos poucos, vai ganhando espaço no seu coração?
É exatamente isso que acontece em Mr. Mercedes (2014 – Suma). A trama acompanha Bill Hodges, um detetive recém-aposentado que termina sua carreira com um gosto amargo: um caso não solucionado. Anos antes, um homem roubou um Mercedes e, sem deixar rastros, avançou com o carro sobre uma fila de pessoas em busca de emprego, matando oito delas. O caso foi arquivado… até que, subitamente, uma carta misteriosa reacende a obsessão de Hodges pela verdade e o coloca em rota de colisão com um dos vilões mais frios e complexos já criados por Stephen King.
Onde tudo começa: a chegada de Holly em Mr. Mercedes
É nesse contexto que somos apresentados a Holly, parente próxima de Olivia Trelawney, personagem a quem o Mercedes pertencia. Apesar de tímida e retraída, Holly demonstra grande habilidade com tecnologia — o que logo chama a atenção de Bill, que passa a valorizar seu olhar único e sua forma nada convencional de enxergar o mundo. Criada por uma mãe autoritária e emocionalmente complexa, Holly encontra em Bill um porto seguro e decide permanecer ao seu lado para ajudá-lo a encerrar o caso.
Ela se junta a Jerome — que começou como cortador de grama de Bill e acabou se mostrando um grande aliado em algumas investigações — e, junto com o ex-detetive, mergulha na caçada a Brady Hartsfield. Como é comum nos thrillers de Stephen King, também acompanhamos a narrativa pela perspectiva do assassino, o que torna a experiência ainda mais intensa e perturbadora.
De coadjuvante a parceira em Achados e Perdidos
No segundo volume da trilogia, Achados e Perdidos (2015 – Suma), cerca de um ano se passou desde os eventos de Mr. Mercedes. Embora Bill Hodges tenha encerrado o caso do massacre, os desdobramentos ainda reverberam — tanto em sua mente quanto na vida de Holly Gibney. Vivendo uma nova fase, eles se firmam como parceiros na recém-criada agência investigativa Finders Keepers (ou, no velho e bom português: Achados e Perdidos).
Neste livro, Holly já não é mais a mulher retraída que conhecemos no volume anterior. Ela está mais confiante, envolvida com a rotina das investigações e claramente à vontade ao lado de Bill e Jerome. Embora o foco da trama seja um novo caso — o assassinato de um escritor recluso e o desaparecimento de seus cadernos inéditos —, a narrativa costura passado e presente. Isso permitiu mostrar como Holly amadurece e aprende a confiar mais em si mesma, mesmo quando os traumas familiares ainda a assombram.
De “esquisita” a heroína: o clímax em Último Turno
O encerramento da trilogia chega em Último Turno (2016 – Suma), livro que retoma diretamente os eventos de Mr. Mercedes e traz de volta o maior pesadelo de Holly e Bill: Brady Hartsfield. Mesmo em estado vegetativo aparente, Brady está longe de estar inofensivo. Ele desenvolve habilidades psíquicas que o permitem manipular a mente de outras pessoas, entrando em um território que flerta com o sobrenatural — uma mudança de tom em relação aos dois volumes anteriores, mas que funciona bem para quem já está emocionalmente envolvido com os personagens.
Aqui temos também uma amostra do lado sobrenatural de King. E é nesse cenário que Holly assume, de vez, um papel de liderança. (🚨 leve spoiler a seguir) Com Bill enfrentando sérios problemas de saúde, ela passa a tomar a frente em diversos momentos cruciais da trama. Sua coragem e inteligência se tornam a maior arma contra Brady — e o que começou com uma personagem descrita como “esquisita” termina com uma heroína emocionalmente complexa e admirável. O desfecho da trilogia é, ao mesmo tempo, sombrio e tocante, fechando o ciclo de forma coerente com tudo o que King construiu até ali. E, claro, abre caminho para que Holly continue sua jornada em outras histórias do universo King.
O sobrenatural bate à porta: Holly em Outsider
Cerca de quatro anos após os acontecimentos de Último Turno, encontramos Holly novamente. A essa altura, ela já se consolidou como investigadora na agência Finders Keepers. Em Outsider (2018 – Suma), o detetive Ralph Anderson convida Holly a auxiliar na investigação de um caso complexo e controverso. Não traremos muitos detalhes sobre essa trama, mas podemos afirmar que se trata de um caso sobrenatural e que encontraremos uma Holly ainda marcada por sua ansiedade e particulidades, porém cada vez mais dedicada e empenhada em suas investigações.
Entre coragem e humanidade em Com Sangue
Antes de seguirmos para Holly (2023 – Suma), temos mais um momento marcante da nossa protagonista favorita no conto Com Sangue (2020 – Suma). Nele, Holly se destaca novamente ao investigar um caso com elementos sobrenaturais. A história também traz Barbara Robinson, irmã de Jerome, que ganha mais profundidade e um crescimento significativo desde sua primeira aparição em Mr. Mercedes. Aqui, Holly enfrenta o inexplicável com coragem e humanidade — duas qualidades que, desde sempre, a tornaram única.
Holly — Enfim protagonista
Mas foi em 2023 que ela ganhou de vez o protagonismo com um livro solo. Em Holly, a encontramos destemida, focada e confiante, mesmo com os desafios da pandemia de Covid-19. Você pode ler a resenha sobre este livro aqui.
Holly nas telas: Justine Lupe e Cynthia Erivo


A personagem também ganhou vida nas telas! O surgimento da Holly na TV acontece em Mr. Mercedes (2017–2019), produzida pela Sonar Entertainment e exibida originalmente pelo Audience Network. Na adaptação, Justine Lupe viveu a personagem, trouxe uma nova dimensão à Holly e conquistou o público com sua interpretação carismática.
Já em The Outsider (2020), produção da HBO, foi a vez de Cynthia Erivo assumir o papel. Ela ofereceu uma visão distinta: mais intensa, enigmática e marcada por uma sensibilidade única, o que ampliou ainda mais a complexidade da personagem. Não à toa, o próprio King já afirmou em entrevista que Holly vive constantemente em sua cabeça: “tem um pouco da Holly em mim, tem um pouco da Holly em todo mundo”.
É fácil concordar com isso depois de acompanhar sua trajetória nos livros. Holly não é uma personagem comum — e é justamente essa singularidade que nos leva a querer entrar no Hollyverso.
O futuro da personagem em Não Pisque
Em 2025, Holly entra em ação novamente no livro Não Pisque. Vamos embarcar nessa jornada juntos?
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