‘Ohana Quer Dizer Família: reflexões sobre o dia a dia
Muito provavelmente você já assistiu ou ao menos ouviu falar desses personagens cativantes da Disney: Lilo e Stitch, não é mesmo?

No livro Lilo & Stitch – Ohana Quer Dizer Família: reflexões sobre o dia a dia, escrito por Denise Shimabukuro e publicado pela Universo dos Livros, encontramos uma obra de capa dura composta por histórias bem pequenas do cotidiano, que culminam na valorização da família, do estar junto e da presença. Essas passagens podem ser lidas na ordem ou fora dela, pois cada uma traz algum valor relacionado à convivência familiar e à sua importância.

Segundo o site Wikipedia, “Ohana é um conceito da cultura havaiana. A palavra Ohana (em havaiano: ʻohana) significa família, incluindo parentes de sangue ou adotados. Esse conceito representa que, na família, os membros estão ligados e devem cooperar entre si.”
Assim, as histórias presentes no livro nos convidam a refletir sobre vínculos, família e afetos em momentos simples do dia a dia, fazendo com que nós e as crianças percebamos a importância do ordinário em nossas vidas. É muito comum, nós adultos, estarmos sempre à espera de grandes momentos ou até mesmo nos depararmos com grandes obstáculos para, só então, começarmos a valorizar os pequenos (ou nem tão pequenos) acontecimentos do cotidiano, como um abraço, uma palavra acolhedora ou a presença de alguém que amamos. E, mesmo sem perceber, estamos ensinando as crianças a agirem dessa forma também, já que elas estão sempre atentas às nossas atitudes diante das circunstâncias da vida. Nesse sentido, o livro vem (re)lembrar a importância de valorizarmos momentos que, mesmo parecendo comuns, podem carregar uma grandeza afetiva imensa — momentos ordinários que, a depender do ponto de vista, são extraordinários.
Não há como passar despercebidas as ilustrações vibrantes e já bem conhecidas por meio das telinhas. Os personagens, tão queridos pelo público infantil, são certamente um ponto positivo, pois aproximam e despertam a curiosidade dos pequenos leitores. Em uma roda de conversa, é muito provável que, na apresentação inicial do livro, muitas crianças relatem já conhecer ou ter assistido ao filme. Em uma possível mediação de leitura, esse contato prévio com o universo de Lilo & Stitch nos permite ampliar a conversa para além do livro, acolhendo os saberes e sentimentos das crianças. Isso costuma gerar grande interesse em participar, falar, escutar e compartilhar.

Outro ponto muito interessante é a apresentação da autora Denise Shimabukuro logo no início do livro. Ela não é apenas uma admiradora da cultura havaiana, mas sim uma pessoa que cresceu no Havaí e compartilha, nessa breve introdução, que teve “…o privilégio de experimentar, em primeira mão, a força e a beleza do ‘Espírito Aloha’: um sentimento indescritível que conecta a todos…”.
Confesso que esperava que as histórias estivessem um pouco mais conectadas entre si e que houvesse um maior desenvolvimento de cada uma. Penso que cada passagem poderia ser ampliada e escrita com mais detalhes, despertando, talvez, um maior engajamento por parte das crianças durante a leitura. Acredito que a proposta do livro se conecte mais com os bem pequenos, que costumam ter seu centro de interesse mais disperso, e que as passagens possam ser lidas separadamente, em momentos diferentes, conforme o interesse da criança.
Penso que, por serem micro-histórias, com ilustrações bem coloridas e cativantes, e com personagens já muito conhecidos por esse público, o livro terá uma boa receptividade por parte dos pequenos leitores, especialmente quando mediado com sensibilidade e abertura para o diálogo.

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