Descobrindo como “Círculos Não São Infinitos”
Círculos Não São Infinitos — Um Romance Sobre Recomeços e Fé
Olá, manos & manas!
Chegamos a um mês extremamente importante para nós, cristãos: 31 de outubro é lembrado de forma especial como o Dia da Reforma Protestante. Enquanto o restante do mundo vibrava com as cores do Halloween e seus doces e travessuras, nós transpiramos as cores do Evangelho.
E para comemorar aqui no blog, vamos conversar sobre um romance/drama cristão escrito pela Vitória Sousa, autora também da distopia cristã de sucesso Aurora. Confesso que tinha uma curiosidade enorme de ler algo escrito por ela, pois acompanho sua trajetória pelas redes sociais e a admiro muito. Então, é uma honra poder debater sobre sua escrita aqui no blog!
Sem mais demora: o livro escolhido neste mês da Reforma Protestante é Círculos Não São Infinitos, super lançamento de 2025 da Editora Mundo Cristão. Pois é, mês passado aprendemos a ser um cristão inútil e, em outubro, vamos aprender a transformar nosso círculo “infinito” em algo que, uma hora, tem fim.
O casamento e seus desafios
Esse romance adulto é narrado em primeira pessoa pela nossa protagonista Maeve, uma escritora bem-sucedida de 26 anos, de sensibilidade extrema, perdida em seus turbilhões de pensamentos e à beira de um divórcio. Por causa dessa sensibilidade exagerada, sua mente vive lhe pregando peças — e uma delas é fazer ela acreditar que não é amada por ninguém, levando-a a se sentir abandonada. Será que é isso mesmo? É o que vamos descobrir com ela, quando encontra um pequeno livro em um sebo e, ao abri-lo, se depara com uma grande surpresa.
Vamos começar essa conversa pelo tema matrimonial, foco do romance. Sou uma adulta casada e com a mesma faixa etária do casal, por isso me identifiquei em vários momentos com Maeve e Liam. O livro mostra o casamento real, carregado de medos, receios e transformações.
Imaginem só: duas pessoas que carregam “miniuniversos“ completamente diferentes dentro de si, vieram de criações completamente distintas e cada um tem a sua personalidade. E essas duas pessoas, por se apaixonarem, decidem viver juntas e construir um círculo infinito de amor e cumplicidade. Será?
Maeve mostra seu momento de maior crise nesse sistema, e o processo que ela e Liam enfrentam no livro é mais comum do que se imagina, mesmo em casamentos que carregam valores cristãos. E é bem nesses processos que nossa estrutura se firma ainda mais. Portanto, não tenham medo do casamento pelos motivos expostos no livro, porque esses detalhes e desafios fazem o casamento ser a maior aventura que vocês viverão em suas vidas!
Fé, vulnerabilidade e recomeço
Outro ponto importante é a construção do relacionamento de Maeve com Deus durante a crise em que ela se encontra. A resolução é um plot twist incrível para o leitor, que pretendo não falar para não perder a graça. Vocês têm que se surpreender da mesma forma que eu me surpreendi. Mas deixo aqui um trecho com gostinho de “quero mais”:
“Enquanto a minha vida mudava, algo permanecia. No vaivém de pessoas, alguém escolhia ficar. Jamais partia. Jamais desistia.”
É exatamente assim, manos e manas: Ele está aí. Sempre Ele.
E quando entendemos a profundidade dessas palavras e do sentimento que envolve elas, é lindo demais. Saber e entender que Ele sempre esteve — e está — cuidando de nós, que nós nunca estivemos sozinhos.
Foi emocionante demais acompanhar uma protagonista tão cheia de dúvidas, perdida e carregada de receios vivendo seu momento de encontro com nosso Salvador e melhor Amigo de todos. A escrita da Vitória é tão profunda e íntima que nos emociona na mesma medida em que torna o processo natural e sutil para a protagonista. Nada forçado e absurdo — tudo segue o ritmo do amadurecimento de Maeve.
A estética da leitura e o encanto do fim
Sabe aqueles filmes de romance estilo Sessão da Tarde de antigamente, com protagonistas super estilosas e “aesthetics”, que nos fazem querer sair po aí com um monte de livros na bolsa, usando uma minissaia xadrez, um sueter do esposo e tendo pensamentos aleatórios?
Foi assim que me senti lendo Círculos Não São Infinitos.
E afinal de contas, por que aprendemos a criar um círculo não infinito?
“É por isso que Círculos não são Infinitos. Eles são apenas sortudos. Porque seu começo e seu fim coincidem, estão exatamente no mesmo ponto, e é assim que todas as coisas devem ser. Elas devem se repetir.”
Nesse trecho, Maeve nos mostra que tudo tem um começo e um fim — até mesmo um círculo, que era pra ser infinito. E quando a magia das coisas termina, sempre podemos ter um recomeço lembrando por que tudo começou.
“Quando chegar ao fim do círculo, dê mais um passo, seguindo para mais uma volta. Essa é a beleza do fim. Te dar um motivo para recomeçar.”
Que possamos, assim como ela, aprender a viver nossos próprios círculos finitos.
Encerrando com louvor
Espero que este mês de Reforma Protestante nos faça nos aproximar mais e mais de Cristo, vivenciando momentos tão especiais e marcantes quanto os que Maeve vive e nos relata no livro.
Eu ia deixar uma playlist aqui, mas vale destacar que a escritora é tão fantástica que, no início de cada capítulo, indica uma trilha sonora com um trecho escrito para nossa melhor experiência. As faixas musicais são perfeitas demais — inclusive, viciei em Gable Price and Friends por causa da dona Vitória!
Nos vemos no nosso próximo encontro. 💜
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Gostou do livro e quer outra recomendação? Leia sobre Como Se Tornar um Cristão Inútil 🗑️