Trilogia Morrendo de Amor: quando amar é o crime perfeito em “Foice e Pardal”

Júlia Helena

Atenção, leitoras de Dark Romance: o momento de vocês chegou! 💀💋

A trilogia Morrendo de Amor chegou como quem não queria nada (até porque eu nem sabia que eram três livros quando li o primeiro) e roubou o meu coração.

Em Cutelo e Corvo, conhecemos Rowan e Sloane, duas figuras, digamos, bem peculiares. Ambos são serial killers, mas só matam outros serial killers e pessoas realmente ruins. Confesso que fica difícil julgá-los quando esse pequeno detalhe é revelado, já que eles meio que estão fazendo um favor à sociedade, né? Essa trilogia te faz questionar sua moral várias vezes.

Enfim, continuando. Daí, os dois acham que é uma ótima ideia criar uma competição anual em que o objetivo é descobrir quem está por trás de uma série de assassinatos — e, bem, desvivê-la. É tão claro quanto a luz do dia que, em meio a tanta matança, eles começam a sentir uma paixãozinha um pelo outro. Terminei esse livro bem surpresa por ter amado a história (ainda mais porque não sou muito fã de Dark Romance).

Quando achei que nada superaria o primeiro livro, veio Couro e Rouxinol, o melhor da trilogia na minha nada humilde opinião. Aqui, mergulhamos no círculo social de Sloane e na família Kane.

Lark, melhor amiga de Sloane, esconde um pequeno segredo inofensivo da bestie: ela também é uma serial killer. Coisa besta, gente. Quem nunca? O pontapé dessa história é que a família de Lark desconfia que Lachlan Kane, cunhado de Sloane, é o responsável pelas mortes de funcionários da família — e eles estão dispostos a eliminar os Kanes da face da terra. Ah, eu não mencionei? Lachlan também é um assassino.

Para proteger a felicidade da amiga e descobrir quem realmente está tocando o terror na sua família, Lark tem a brilhante ideia de se casar (sim, casar!) com Lachlan. O único problema? Eles não se suportam, não aguentam ficar dois minutos no mesmo cômodo sem discutir. E um casamento implica morar junto, passar tempo com o outro e, no caso dos dois, fingir estarem perdidamente apaixonados. Fiquei tão empolgada com esse casamento por conveniência que, se o livro tivesse 1000 páginas, eu leria todas com um sorriso no rosto.

Depois que tudo é mais ou menos resolvido em Couro e Rouxinol, acontece uma pequena coisinha que nos leva ao terceiro e último livro, Foice e Pardal.

Foice e Pardal: vulnerabilidade e cura encerram a trilogia

Fionn Kaine é o caçula dos irmãos e o único (!!!!) que não mata ninguém — muito pelo contrário, já que nosso protagonista é médico. Que reviravolta, não é? Finalmente alguém são nessa família. Bom, pelo menos até Rose aparecer.

Rose trabalha num circo há anos fazendo leituras de tarô. O que ela não conta para ninguém é que, quando percebe que uma cliente está em um relacionamento abusivo e sofrendo agressões, ela faz algumas ligações… e o sujeito some misteriosamente. Uma serial killer? Não, não. Uma eliminadora de homens abusivos em série. 

O destino dos dois se cruza quando Rose tenta fazer justiça com as próprias mãos, as coisas saem completamente fora dos trilhos, e ela vai parar na frente da casa de Fionn com uma perna quebrada. Ele cuida dela, a põe para morar com ele com a desculpinha esfarrapada de “ficar de olho” — e, inevitavelmente, eles se apaixonam.

Um desfecho de respiro, afeto e cenas escaldantes

Foice e Pardal é, definitivamente, o livro mais leve da trilogia e a escolha perfeita para encerrar a história dos irmãos Kane. Como a própria Brynne diz nos agradecimentos, este é um livro sobre cura e, se me permite acrescentar: sobre vulnerabilidade.

Fionn, que passou a vida inteira empurrando para bem fundo da sua alma o que sentia e fingindo que estava tudo bem, finalmente pode ser ele mesmo ao conhecer Rose. Apesar de ser desesperador para ele (a princípio), é tão gratificante vê-lo se permitindo ser vulnerável para ela. O mesmo vale para Rose, que passou a vida acompanhando o circo e não sabe o que é ter uma vida num lugar fixo. Ela sempre achou que não queria isso para si mesma — até descobrir que talvez quisesse, sim, um lar.

Adorei ver o desenvolvimento dos dois, individualmente e também enquanto casal. É um livro mais lento em relação aos outros dois, mas isso não é uma coisa ruim, não mesmo. Na verdade, foi essencial que as coisas acontecessem devagar para que a história de Rose e Fionn fosse tão bonita e coerente.

Acho que nem preciso dizer: todos os três livros têm cenas extremamente calientessss! Eu não tenho o costume de ler histórias com cenas hots tão… hots, então não me julgue se eu disser que fiquei chocada com algumas descrições.

Apesar de não ser meu subgênero favorito, amei cada segundo da leitura. Eu realmente indico, mesmo pra quem tem um pé atrás com Dark Romance. A trilogia vale muito a pena ser lida — até porque os únicos crimes cometidos aqui são pelos próprios casais. Uma coisa bem Bonnie e Clyde, sabe? Adorei.

Enfim, falei demais como sempre. Leiam a trilogia Morrendo de Amor e me agradeçam depois.


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