Wind Weaver: o despertar da guardiã do vento

“Você é a tempestade, Rhya Fleetwood”
Alta fantasia é o tipo de história que nos arranca completamente da realidade. É quando o mundo, a mitologia, as criaturas e até a magia são criados do zero e a gente mergulha em algo totalmente novo. Wind Weaver: A Guardiã do Vento faz exatamente isso. Nele, Julie Johnson constrói um universo vivo, perigoso, cheio de segredos, reinos destruídos e feéricos à beira da extinção. Então, foi uma experiência eletrizante do começo ao fim e já adianto: favoritei!
Rhya Fleetwood é uma féerica que carrega uma marca de nascença misteriosa, cujo significado nunca aprendeu, mas sempre soube que deveria esconder do mundo. No começo, ela só quer sobreviver; no entanto, conforme a história avança, percebemos que há algo muito maior crescendo dentro dela. O poder que carrega é imenso — e ver o momento em que ela começa a perceber isso, é maravilhoso demais!
Um mundo que exige tempo e entrega

A autora não tem pressa em contar essa história. Ao contrário, ela quer que a gente se sinta parte dos cenários e do mundo que criou. Foram páginas e páginas de imersão e, ainda que em alguns momentos parecesse que estava demorando para que as coisas acontecessem, logo percebi que tudo fazia sentido na cronologia que a autora vinha montando. Era preciso tempo para entender aquele mundo e acompanhar a transformação de Rhya. E valeu a pena esperar!
Scythe surge como um inimigo nas primeiras páginas, e confesso que a tensão entre os dois é uma das coisas que mais me divertiu na leitura! Amei acompanhar as farpas, as provocações, a troca de olhares e o fato de que, por boa parte do livro, eu não sabia se podia confiar nele. Quando descobri quem ele realmente era, fiquei surpresa e ainda mais envolvida com tudo em relação a ele e seus objetivos. Gosto quando o relacionamento é construído aos poucos, com cuidado e muito conflito. E aqui, meus amores, tem conflito por todos os lados!!
O poder dos elementos
O sistema de magia é fascinante. A autora trabalha com os quatro elementos — ar, fogo, água e terra — e mostra que cada um carrega algo essencial para o equilíbrio do mundo. Rhya é o vento, e o jeito como isso se manifesta em suas emoções e nas situações de perigo é uma das partes mais interessantes do livro. É como se cada elemento tivesse vontade própria, e dá pra sentir que todos ainda vão se cruzar de forma decisiva nos próximos volumes.
O arco de crescimento da Rhya é emocionante! Ela começa sem saber quem é, sem entender o que sua marca significa, e termina se erguendo com uma coragem que me deixou apaixonada. Rhya não espera ser salva, ela aprende a se salvar. Mesmo sem saber o tamanho do poder que carrega, nunca abaixa a cabeça.
Um final que sopra forte
Os plots surgem aos poucos, e alguns me pegaram mesmo de surpresa. O livro tem quase quinhentas páginas e, às vezes, eu precisava respirar fundo, mas não me arrependo e nem desgostei de nenhum capítulo. O final me abalou mais do que eu esperava! Fechei o livro com o coração apertado e, ao mesmo tempo, com uma vontade enorme de continuar nesse universo.
É uma leitura para quem ama alta fantasia — há muita ação, romance, magia e, acima de tudo, crescimento! É sobre se descobrir quando o mundo inteiro diz que você não deveria existir. Por isso, foi uma das leituras de fantasia mais marcantes que fiz nos últimos tempos. Então, se você ama tudo isso, corre na Livraria Leitura para garantir o seu exemplar e seu próximo livro favorito!

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