Wonderland: um País das Maravilhas nem tão maravilhoso assim

Bárbara Martins

Vanessa Castro tem o intuito de recomeçar a vida ao lado dos dois filhos menores. Após a morte do marido e de um escândalo na vida profissional, ela decide voltar para a cidade onde cresceu, Seaside, no sul de Seattle, para assumir o cargo de nova subchefe de polícia. É lá que se encontra o Wonderland, parque de diversões responsável pelo êxito econômico e cartão postal da cidade.

Como tantos adolescentes, é a vez de Ava, filha de Vanessa, começar a trabalhar no parque — motivo de muita empolgação para a adolescente. Mas, no primeiro dia de trabalho de Vanessa, um corpo em avançado estado de decomposição é encontrado próximo a um dos brinquedos. Para piorar tudo, a polícia logo recebe a denúncia de que um funcionário do parque, que fazia escalada na icônica roda-gigante (a mais antiga do noroeste do país), desapareceu sem deixar rastros.

Quando Vanessa inicia a investigação, logo percebe que pode estar diante de vários entraves. Não demora muito para ela descobrir que, ao longo dos anos, vários rapazes desapareceram nas mesmas circunstâncias, e que as investigações anteriores foram mal conduzidas, levando à errônea conclusão de que todos haviam deixado a cidade por vontade própria.

Há muitos segredos envolvendo várias pessoas poderosas, escondidos a todo custo, por envolver violência sexual contra menores. Vanessa se vê no centro de uma conspiração ligada a mentiras e corrupção. Tudo isso já seria complicado, mas saber que um serial killer poderia estar assombrando os habitantes de Seaside há décadas, e ainda à solta, era algo que precisava ser resolvido quanto antes.

Com um enredo bem construído, boas reviravoltas e tom ágil e sombrio, a narrativa instiga com muitas nuances e camadas. Wonderland é um livro absolutamente impossível de parar de ler, trabalhando temáticas importantes e bem atuais, além de excelentes críticas sociais. O próprio parque é um sistema vivo, e faz com que a experiência de leitura seja ainda mais viciante.

Sou suspeita em relação às experiências de leitura envolvendo Jennifer Hillier, uma das minhas autoras prediletas no gênero. Ela sabe como ir entregando aos poucos os elementos da história, construindo, tijolo por tijolo, toda a tensão necessária para um thriller psicológico instigante, que vai numa crescente até um final bem surpreendente.


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